Um Brinde à Poesia

Um Brinde à Poesia

sábado, 21 de abril de 2012

CARMIM DE LUCÍLIA DOWSLLEY

CARMIM - O POEMA

Algo estranho talvez perigoso
algo semelhante mas que desconheço está se aproximando
e se eu disser que tenho medo
se eu me ajoelhar confesso réu
de olhos fechados acreditando tocar os céus
e se eu me espelhar em fatos passados
recolocar os anéis mesmo sabendo que não somos fiéis
a criação do mundo, as dádivas da natureza
as divindades celestiais, aos espectros cromáticos
como são cruéis os arranha céus
vistos daqui debaixo nesta hora de correria
os caminhos daqueles que não vestem as regras ditadas
mãos atadas cheias de ataduras
não há proteção nem mesmo armadura
Como são árduos os encontros
daqueles que libertam as asas do ser
na ilusão dos próprios passos poder viver
e os pobres marionetes alinhados a rotina
cegaram as suas mentes adormeceram seus sentidos
e se eu puder mudar as peças
inverter os valores
gritar verdades adormecidas
fazer valer a lei da causa e efeito
valorizar os resgates
suplicar por amparadores
despertar consciências?
E se você viesse algo mudaria pelo menos para mim
o meu coração aceleraria retiraria as celas mordaças
os ecos dos não stop no acrescentaria um pouco de sim
Oh meu Deus! Lembra os dias ecoavam sem limites
foram as escolhas que há muitos eu fiz todos nós fizemos
não tenha pena parece que não tem fim
nãooooooooooooooooooooooooooooooo
Soa bem fino como um violino lacrimejando ao longe
raso segredo dá um frio na barriga um arrepio um medo
vontade de sair correndo, atirar me num abismo
e vestir me de noite
sons da alma chamam os meus passos lentos
desprendo-me das asas
despeço me das máscaras
as janelas abertas fragmentos luz penetra
os meus olhos azul sem limites na terra no céu em mim
Um encontro nada carnal
não seria eu ser humano normal
por criar personagens no meu viver?
Vesti a fantasia para poder esquecer as duras pedras
não são muletas nem desculpas
só a minha própria sombra a revelar se na luz
vou te dizer sinceramente acredite
nada foi por mal nada foi para machucar
não quero ser aquele que apagou as estrelas
pisoteou os sonhos
pixou de carmim os pés
silenciou os ventos e calou se quer as estrelas
retiro me mudarei o caminho
não sou flor sem espinho sou sozinho em muitos sonhando
um pouco do além do previsível, além da capacidade, do permitido
Sou só alguém que amou e esqueceu-se de fechar a porta.


Carmim, de Lucília Dowslley

Fragmentos do livro:

Não há verdades absolutas. Há a experiência pessoal e grupal movendo composições interiores, a viagem de cada um. 
Não há radical no certo e no errado. Há de ter a flexibilidade para deslizar entre um extremo e outro.

Um violino vai chorando ao longe meio que temeroso do seu tempo.

Nós temos muitas escolhas, temos algumas chances.
Seja lá o que for fazer da sua vida, acrescente Amor.
Assim, no seu interior sentirá conforto, entusiasmo e felicidade.
Saberá que está no caminho que deveria estar ao encontro da paz.

A aridez transparece mais a cada sol. Imagine não ser numa paisagem qualquer. É na verdade quase espelho. Quase e sutilmente fragmenta-se. Frágil vida. Na aproximação cada vez mais revelam sombras. Quando por muito pouco libertaria o elemento esmagado. Que elemento? O elemento vital. O que hoje chora e ainda assim suaviza. Luz e Sombras pincelam toda e qualquer relação. Nada melhor que a verdade, mesmo que agora só.

Visão
Um dia voaremos juntos pela imensidão que transcende a nossa imaginação.
Um dia toda essa emoção ocupará os espaços vazios nos unindo para sempre.
Todo este mistério entre o céu e a terra será desvendado.
Será um tempo de celebração.
E não haverá mais medo, distância, dor, solidão.
Seremos pássaros livres.





                                                                  





Um comentário:

Mônica Montone disse...

ficou lindo o blog, flor. adorei o sininho.

sorte, luz e alegria

beijoca

...