O ano de 2014 é um ano marcante para o Um Brinde à Poesia. Completaremos 15 anos
no dia 11 de junho e isso me dá motivos para fazer muitos brindes e celebrar.
São páginas, poetas, palcos, paixões traçando uma trajetória que começou em Niterói, viajou, atravessou ponte, ocupou coreto, vai fincar bandeira e conquista corações.
Por isso, aceitei o convite da diretora do Solar do Jambeiro, em Niterói, ao qual sou muito grata, para fazer uma edição no dia 8 de Março, em homenagem ao Dia Internacional da Mulher. E, será a primeira de muitas edições que faremos neste espaço encantador. Uma honra!
Era o meu desejo fazer "Um Brinde" lá e confessado por Carla, ser o dela também.
Aliança feita, estreamos com duas convidadas que admiro muito.
Receberei a compositora e poeta Ana Terra, que curto de longe faz tempo,
autora de inúmeros versos de sucesso, entre eles os consagrados
na voz da cantora Ângela Ro Ro,
“Amor, meu grande amor
Não chegue na hora marcada
Assim como as canções
Como as paixões
E as palavras”
Não chegue na hora marcada
Assim como as canções
Como as paixões
E as palavras”
,
e a atriz Catarina Dall"orto, que dirigi no início de sua carreira, no meu espetáculo teatral infantil "Viajando nas Páginas", apresentado no SESC Niterói e passado o tempo, hoje orgulhosamente aplaudo de pé, no monólogo autoral
"A Mulher Sem Face", que brilhou nos palcos cariocas em 2013. Vamos assistir trechos da peça que nos deixará com gostinho de quero mais. O que será possível, no dia 22 de Março, no próprio Solar do Jambeiro.
E, cada poeta presente terá espaço para se apresentar com um poema.
As edições no Solar do Jambeiro, terão um formato diferente a cada mês.
A partir de Abril, passará a ser todo primeiro sábado, das 16:30 às 18:30.
Dia 5, teremos o lançamento do livro Marca D'água, de Cristina Lebre.
Em maio teremos uma programação com poesia e teatro.
Aliás, a ideia é dar espaço para os atores divulgarem suas peças.
Lucília Dowslley
Lucília Dowslley, fotojornalista e atriz, nascida em Niterói, no Rio de Janeiro. Lançou em 11 de junho de 1999, o Um Brinde à Poesia Movimento pela Paz e Liberdade de Ser, inspirado em sonho, que mensalmente promove no MAC Niterói, no Museu da República e no Solar do Jambeiro. Se apresentou no Paraguai, Nova York e Nova Jersey. Publicou dois livros: Um Brinde à Poesia (2004) e Carmim (2012). Ministra Oficinas de Interpretação e Criação de Textos e coordena o Clube de Leitura para crianças. Viver poesia, falar a poesia, ser poesia. Assim têm sido os seus dias, Militante das artes a mais de 20 anos, acredita na arte como instrumento de autoconhecimento e de conscientização para transformação da humanidade numa vida de qualidade, celebração e paz. Seja no teatro, na fotografia, na música ou literatura, este é o seu grande desafio, o seu objetivo maior e a sua luz.
Lucília Dowslley, fotojornalista e atriz, nascida em Niterói, no Rio de Janeiro. Lançou em 11 de junho de 1999, o Um Brinde à Poesia Movimento pela Paz e Liberdade de Ser, inspirado em sonho, que mensalmente promove no MAC Niterói, no Museu da República e no Solar do Jambeiro. Se apresentou no Paraguai, Nova York e Nova Jersey. Publicou dois livros: Um Brinde à Poesia (2004) e Carmim (2012). Ministra Oficinas de Interpretação e Criação de Textos e coordena o Clube de Leitura para crianças. Viver poesia, falar a poesia, ser poesia. Assim têm sido os seus dias, Militante das artes a mais de 20 anos, acredita na arte como instrumento de autoconhecimento e de conscientização para transformação da humanidade numa vida de qualidade, celebração e paz. Seja no teatro, na fotografia, na música ou literatura, este é o seu grande desafio, o seu objetivo maior e a sua luz.
NO CORAÇÃO
DE DEUS
Lucília Dowslley
Por muito
pouco
Ou por quase
nada
Estão
matando.
A fumaça
sobe
O céu
acinzenta
A voz se
cala
O amigo se
vai
A porta se
fecha
A lua cai
O poeta
chora
As palavras
voam
O vento
rasga
O sonhador
acorda
O ator
engasga
A mão se
encolhe
O pássaro
canta
A criança
colhe
O real se
desvaloriza
A dona se
espanta
O poder
corrompe
O pouco não
satisfaz
O povo pede
paz.
A mão
contida
A vida
sofrida
A vida não
vivida
A natureza
devastada
A humanidade
dividida.
O rumo
perdeu o freio
Emoções sem
medida.
Cinza nos
ares - sinal.
No olhar o
grito ecoa.
Estrelas que
brilham
Parecem
lágrimas
Escorrendo
na escuridão.
Por muito
pouco
Ou por quase
nada
Estamos
matando
Estamos
morrendo.
Ação
desnorteada.
Pura defesa
se salvar.
Vira-se
então as costas
Cada um por
si
Perde-se os
sentidos
A noção dos
valores.
Sinal de
alerta -
Despertar
nova consciência.
São tantas
necessidades...
Buscar
saciar todo desejo
Se
satisfazer com o que se tem
Cuidar para
não perder?
A que custo?
Em troca de que?
Os passos ficam
mais velozes
Os gestos
vão se reprimindo
Os bandidos
a solta
Insanidade
mental
Drogam-se,
matam
Matam,
inclusive inocentes.
A justiça
nas mãos de quem?
A violência
sem limites.
Nada
preenche o vazio.
E quando a
solidão vem?
A família
chora
O alicerce
não quer ceder
As loucuras
do mundo moderno.
Encontrar um
novo sentido
Positivar a
mente
Urgentemente.
Tentar
retroceder
A novela da
vida
Cenas dos
próximos capítulos...
O paraíso
aqui mesmo
Quem sabe?
A vida é
amor
E por que
não dizer Deus
Deus em cada
um de nós.
Com muito
pouco
Ou com quase
nada
A esperança
de um recomeço.
Redescobrir
o caminho
Na
simplicidade do ser.
Somos
capazes de amar.
Um possuidor
de amor
Neutraliza
100
Carregados
de ódio.
Imagina 100,
1.000
1.000.000 de
amorosos?
Antes de
qualquer palavra
Antes de
qualquer acontecimento
Antes de
qualquer gesto
Manifeste
amor
Então,
tocará no coração
De alguém
Do universo
De Deus.
Ana Terra, Compositora profissional desde 1985, tem cerca de 200 gravações de obras musicais com letras de sua autoria, como Elis Regina - “Essa Mulher”, “Pé sem Cabeça”, “Sai Dessa”. Milton Nascimento e Nana Caymmi - “Meu Menino”. Maria Bethânia -“Da Cor Brasileira. Emílio Santiago - “Ensaios de amor” e “É só uma canção”. Barão Vermelho e Ângela Rô Rô - “Amor meu grande amor”. Elton Medeiros - “Virando Pó”, “Direito à vida”, “Mãe e Filha”. Sueli Costa e Lucinha Lins - “Insana”, “Minha Arte”. Dori Caymmi, Leila Pinheiro e Renata Arruda - “Essa Mulher”. Lisa Ono - “Os dois”, “Eu sou carioca”, “Diz a Ela”, “Essência”. Mart’nália - “Sai Dessa”. Publicou os livros Letras e Canções (poesia) e Estrela (prosa). Recebeu prêmio do Ministério da Cultura pelo roteiro original do longa-metragem Os Campos de São Jorge. Produz e dirige audiovisuais e tem peças de teatro inéditas. Ao lado da criação artística, atua como ativista política participando do movimento independente das artes, da implantação do canal comunitário de Niterói, dos fóruns de música. Em 2004 foi tema do documentário Ana Terra, do cineasta Luiz Rosemberg Filho. Atualmente é Diretora Executiva do Projeto "Casa do Músico".
Site de Ana Terra
Leia a bela entrevista com Ana Terra:
Sobre A Mulher Sem Face, de Catarina Dall"orto
“A mulher sem Face” teve sua estreia em setembro de 2012 no Espaço Reserva + e em seguida cumpriu temporada no teatro Sesc Tijuca – Espaço II, Casa da Gávea e fez parte da programação do Ciclo Inter-Agir no Oi Futuro do Flamengo.
O espetáculo reestreou em 2013, nos dias 21 e 22 de agosto em duas únicas apresentações no Teatro Maria Clara Machado – Planetário da Gávea. Em 2014 fará uma curta temporada em Niterói no Solar do Jambeiro, dias 22 e 29 de março e 05 e 12 de abril, sempre às 20h.
O monólogo aborda questões comportamentais atuais, enfatizando a questão da busca pela identidade na sociedade pós-moderna, promove uma reflexão sobre as sociedades modernas que sofrem mudanças rápidas e constantes. Inspirado na obra literária “Pasárgada”, de Manuel Bandeira, o espetáculo “A Mulher Sem Face” relata o drama pessoal de uma mulher que decidi partir, sair do mundo real, para fugir das amarras do cotidiano em busca de sua identidade. No entanto, ela percebe que não se recorda mais quem ela é. Para mudar isso, precisa voltar no passado e vasculhar cuidadosamente suas lembranças em busca de sua identidade. É no dilema, entre tomar as rédeas do seu destino e ser levada pelo tempo, que se desenvolve “A Mulher sem face”.
Texto do Coordenador de Projeto: Um projeto onírico. Voltou da lembrança para imaginar-se sem face. Esse foi o ponto de partida do espetáculo que apresentamos. Uma ideia, da intérprete e autora, nascida do desejo insistente de manifestar a arte. A vontade explícita de promover um encontro da sua mais adormecida memória com as vísceras produzidas pelo desabrochar em cena. Um projeto ousado e autoral que compreendia pelo menos duas grandes dificuldades: construir uma dramaturgia e estar sozinha em cena. O enfrentamento, muitas vezes angustiante, transformou-se em um belo espetáculo que apresenta as sutilezas vivenciadas pela atriz e as conquistas da hábil maneira de escrever. E ainda leva o espectador a compreender as múltiplas possibilidades de contemplar um monólogo. O resto, tal como um desenho, cria um oceano em cada folha de papel em branco que compõe o espetáculo. Avante toureira!!! Afirma a mulher que se encontra no deserto caminho da memória furtiva do passado incompleto. Mas nunca deixa de seguir viagem.
Fred Tolipa
No dia 12 de Março, temos nosso encontro no MAC Niterói, que aliás
completa neste mês, quatro anos consecutivos que acolheu o projeto.
Minha gratidão ao Professor Guilherme Vergara e a Baltazar!
Seguimos rumo aos quinze anos e vale destacar, que o dia 11 de junho cairá na segunda quarta-feira, dia que temos edição no MAC Niterói. Então....
Teremos um parabéns especial numa noite imperdível!
Mas vamos ao dia 12.
Especial Liberdade de Ser Mulher, com um time de primeira
para comemorar o universo feminino.
Começo anunciando a dançarina Vanessa Soares, que me impressionou na
performance que fez no SUBA sarau do Vidigal, comandado por Marcelo Mello.
Será a primeira vez que participará do "Um Brinde à Poesia". Receberei também a cantora Louise Hug que sempre nos emociona e encanta com sua belíssima voz, acompanhada de André Rangel . Conto também com a participação das queridas poetas Anna D'Castro, Ana Paula Soeiro, Cristina Lebre, Elvira Campos Barroso, Jammy Said Lua Morena, Marcia Mendes, Mariana Valle, Marla de Queiroz, Mônica Firme Maciel, Patrícia Porto, Ronalda Teixeira, Raquel Abrantes, Rosângela de Souza Goldoni e Wanda Monteiro.
Vai ser especial demais! Imperdível!
Lucília Dowslley
O Um Brinde no Coreto da Poesia, do dia 15 de Março, tem muitas comemorações.
Especial Liberdade de Ser Mulher e Semana da Poesia. No dia 14, é o Dia Nacional da Poesia e no dia 21, o Dia Internacional da Poesia. Além disso, Vamos batizar o Coreto, como "Coreto da Poesia" e fincar a Bandeira do Um Brinde à Poesia. Motivos não faltam para celebrar e por isso a presença de todos que militam pelos versos em suas diferentes expressões é muito importante.
E, para começar, os músicos Cayê Milfont e Sérgio Octaviano
estarão dando o clima com suas lindas canções autorais. Vanessa Soares estará presente, apresentando sua bela dança contemporânea. Uma constelação de poetas estará se apresentando no Chafariz. São elas: Anna D'Castro, Ana Paula Soeiro, Cristina Lebre, Denizis Trindade, Eda Lúcia Damásio, Flávia Côrtes, Jurema Nascimento, Kyvia Rodrigues, Marcela Giannini, Marcia Mendes, Maria do Carmo Bomfim, Marla de Queiroz, Marisa Queiroz, Mônica Firme Maciel, Patrícia Porto, Ronalda Teixeira, Raquel Abrantes, Rosângela de Souza Goldoni, Sheyla de Castilho, Telma Moreira, Vânia Soares e Wanda Monteiro. Jammy Said Lua Moreno irá apresentar dança do ventre.
No Coreto da Poesia, estarei expondo "Poetas D'Versos"
uma pequena seleção, do amplo registro fotográfico dos
saraus no Rio de Janeiro e em Niterói.
Participe! Um Brinde à Poesia pela paz e liberdade de ser.
Lucília Dowslley
História do 8 de março
No Dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.
A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano.
Porém, somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857. Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas).
Objetivo da Data
Ao ser criada esta data, não se pretendia apenas comemorar. Na maioria dos países, realizam-se conferências, debates e reuniões cujo objetivo é discutir o papel da mulher na sociedade atual. O esforço é para tentar diminuir e, quem sabe um dia terminar, com o preconceito e a desvalorização da mulher. Mesmo com todos os avanços, elas ainda sofrem, em muitos locais, com salários baixos, violência masculina, jornada excessiva de trabalho e desvantagens na carreira profissional. Muito foi conquistado, mas muito ainda há para ser modificado nesta história.
Conquistas das Mulheres Brasileiras
Podemos dizer que o dia 24 de fevereiro de 1932 foi um marco na história da mulher brasileira. Nesta data foi instituído o voto feminino. As mulheres conquistavam, depois de muitos anos de reivindicações e discussões, o direito de votar e serem eleitas para cargos no executivo e legislativo.
Marcos das Conquistas das Mulheres na História
- 1788 - o político e filósofo francês Condorcet reivindica direitos de participação política, emprego e educação para as mulheres.
- 1840 - Lucrécia Mott luta pela igualdade de direitos para mulheres e negros dos Estados Unidos.
- 1859 - surge na Rússia, na cidade de São Petersburgo, um movimento de luta pelos direitos das mulheres.
- 1862 - durante as eleições municipais, as mulheres podem votar pela primeira vez na Suécia.
- 1865 - na Alemanha, Louise Otto, cria a Associação Geral das Mulheres Alemãs.
- 1866 - No Reino Unido, o economista John S. Mill escreve exigindo o direito de voto para as mulheres inglesas
- 1869 - é criada nos Estados Unidos a Associação Nacional para o Sufrágio das Mulheres
- 1870 - Na França, as mulheres passam a ter acesso aos cursos de Medicina.
- 1874 - criada no Japão a primeira escola normal para moças
- 1878 - criada na Rússia uma Universidade Feminina
- 1901 - o deputado francês René Viviani defende o direito de voto das mulheres
Fonte: http://www.suapesquisa.com/dia_internacional_da_mulher.htm