NOVA DATA 24 de julho de 2014.
Infelizmente terei que adiar o "Um Brinde à Poesia, Divulgando Livro 4, devido a greve. O Museu Da República - Catete, Rj está de portas fechadas e não estará funcionado amanhã. Vamos aguardar uma nova data. Agradeço a todos que marcaram presença.na página do evento e peço desculpas aos poetas convidados Silvio Ribeiro de Castro, Wanda Monteiro, Mariza Sorriso e Maria Helena Latini, além do parceiro Sergio Octaviano. Iremos marcar uma nova data assim que a situação se normalizar. Um Brinde à Poesia Movimento pela paz e liberdade de ser, apoia todo Movimento a favor de melhorias no setor educacional, cultural e de saúde por uma vida de qualidade, igualdade e dignidade para todos. Vamos lutar por um Brasil melhor. Somos um único verso. Paz! Brilha Luz!
Lucilia Dowslley
Lucilia Dowslley
O objetivo deste Movimento é divulgar a obra de artistas consagrados
na literatura e na música - letrista, proporcionar espaço para novos autores e compositores,estimular e encorajar aqueles que nunca se apresentaram
num sarau ou mesmo falaram num microfone em público e promover lançamento de livros ou cds, sem custo algum para o artista.
Divulgando Livro 4, no Um Brinde à Poesia Rio 17, no Museu Da República - Catete, Rj
Vai ser mais uma edição especial do "Um Brinde". estarei recebendo queridos poetas, talentosíssimos para um bate papo sobre seus livros e apresentação dos poemas. Com muito carinho convidei os poetas Silvio ribeiro de Castro, Wanda Monteiro, Maria Helena Latini e Mariza Sorriso. O querido compositor e parceiro Sergio Octaviano apresentará suas belas canções. Ah, e você no "Circulando Versos". Leve a sua poesia.
Até lá. Beijos no coração. Paz! Brilha Luz!
Confirme a sua presença:
https://www.facebook.com/events/787248041288265/?ref_newsfeed_story_type=regular
Lucília Dowslley
Vai ser mais uma edição especial do "Um Brinde". estarei recebendo queridos poetas, talentosíssimos para um bate papo sobre seus livros e apresentação dos poemas. Com muito carinho convidei os poetas Silvio ribeiro de Castro, Wanda Monteiro, Maria Helena Latini e Mariza Sorriso. O querido compositor e parceiro Sergio Octaviano apresentará suas belas canções. Ah, e você no "Circulando Versos". Leve a sua poesia.
Até lá. Beijos no coração. Paz! Brilha Luz!
Confirme a sua presença:
https://www.facebook.com/events/787248041288265/?ref_newsfeed_story_type=regular
Lucília Dowslley
TEU NOME
E se príncipe eu for
Escondido neste frágil corpo
Tão pequenino
Causando em ti apenas
Um leve apego singelo
Chorarias a noite toda
Sentindo ter perdido
Para sempre do amor o elo
Ocultarás teu verdadeiro sentir
Enclausurarás-te na torre da solidão
E ainda que eu te traga
Doces melodias compostas
Alados seres encantados
Magia e formosa fantasia
Sonhos, carisma, poesia
Ainda assim tua rispidez não retiraria
Porque o mais sentir
Pelo externo do teu querer
Ego humano escaldado
Por paixões elevada da ilusão
Oh! doce face serena criança
Não queres crescer?
Sou em ti teu próprio príncipe
princesa
Jardim de realezas
A tudo posso oferecer
Não sabes ou finges?
Pois sei que já sentistes
No teu resistente pulsar
O sol em junção com a lua
Derramar sinais gotejantes estrelas
No céu desta noite
E tão alto a ponte
De anjos em missão visam te confortar
Luminares de trilhas sombrias
Sopram no ouvido
Tua térmica melodia
Olhas no vértice prateado
Estarão além sonhos
Vasto índigo manto
Cobrindo todo o pranto
Em mar espelhado se transformando
Cavalga branco robusto corcel
Renasceste principado
Desprezo de culpas
Avarezas turbilhões
Corrosivos nocivos
Então não sabes ainda
Na alma o teu nome?
Vais para fora agora
Não contentes mais nada
Entregas nas linhas
Pisantes do destino
Caminhas na Terra
Espalhas ao mundo
Luz em sonhos apaixonados
Delírios de um vivente
Agora, sem mais adiar digo-te
Assumas: teu nome é POETA.
FLAMEJANTE
ESTOU
SOLTO NAS RAMIFICAÇÕES DA TERRA
PÉS
NO BARRO ESBARRO NAS SOMBRAS
SOU
UM COM A IMAGEM PINCELADA NO AR
PACIFICAMENTE
E AO MESMO TEMPO SELVAGEM
A
ENERGIA EM LABAEDAS IMPERA
TOCO
OUTROS SERES ELES SOMEM MIRAGEM
OUTROS
APARECEM COMIGO INTERAGEM
CORREM
SALTAM CAEM E DESAPARECEM
TODO
O PULSAR NO MEU PLEXO SOLAR
TAMBOR
RITMADO COM A FERA
SOPRO
CORRENDO PELOS VALES
SOLTO
PELO ESPAÇO MEUS ECOS DE VOZ E CANTO
ENCANTO
QUE NÃO SEI DESCREVER
SOU
EU DANÇANDO NAS CORES
PUREZA
DESCOBERTA LEVEZA
HÁ
NENHUM SINAL DE TEMOR
HÁ
UM A INCANÇÁVEL VONTADE DE VIVER
UM
FLAMEJANTE FOGO DO AMOR
E
STA SENSAÇÃO DE NUNCA TER FIM
ESTA
MELODIA ESTA VIAGEM EM MIM.
CACHOEIRA
Minha cachoeira
Corre corredeira
Água na ladeira
Vai lavando a gente
Toda lá por dentro
Leve fica o peito
Desta choradeira
Que a vida corre
Corre a vida inteira
Se mergulha fundo
No fundo é amor
Tudo que se sente
Brota na semente
No sonho ou na mente
Vislumbrando o dia
De raiar contente
Sente transparente
Gota reluzente
Espalhar seu canto
Isso é inerente
Designadamente
Nada que se entende
Corre conseqüente
Ciclo que é corrente
Independentemente
Daquilo que se sente
Flui fonte incandescente
Além do consciente.
PARTE II
Se não compreende
Feche os olhos tente
Tudo é vazio
Trocando formato
Constantemente
Tempo e espaço
Já tão transparente
Na alma escorre
Fonte inesgotável
Elemento agente
De toda emoção
Rege equilíbrio
Razão voz poesia
Coração canção.
Sergio Octaviano, aos 20 anos passou a apresentar-se em casas
noturnas e circuito universitário.
No ano de 1978 ingressou na Cooperarte criada junto à Sombras e no ano seguinte, integrou o grupo de artistas Panela de Pressão.
Em 1980 participou da "1ª Feira de Arte do CEUB" (Centro Esportivo e Universitário de Brasília) e a convite de Maurício Tapajós participou do lançamento do LP "Olha aí". No ano seguinte participou do show de Leci Brandão e Zeca do Trombone no projeto "Sete em Ponto", no Cine-Show Madureira.
No ano de 2002 ao lado de Carlos Dafé, Marko Andrade, Eliane Faria, Rubens Cardoso e Pecê Ribeiro, entre outros, participou do disco "Conexão Carioca 3". Neste CD, produzido por Euclides Amaral e apresentado pelo poeta Sergio Natureza, interpretou duas composições de sua autoria: "Estranho homem" (c/ Renato Duarte) e "Mulequim" (c/ Euclides Amaral), esta última, com acompanhamento da Banda Elos.
Em 2003, o disco "Conexão Carioca 3 Bônus" foi relançado pelo Selo Peixe Vivo, sendo adicionadas quatro faixas-bônus. No ano de 2004 atuou como diretor artístico e apresentou-se regularmente na casa de espetáculos Novo Cortiço, em Laranjeiras, Zona Sul do Rio de Janeiro.
Em 2005 participou do lançamento do CD "Um pouco de mim", de Sergio Natureza, espetáculo que reuniu Sergio Natureza, Euclides Amaral, Eud Pestana, Bruno Cosentino, Wagner Guimarães, Iverson Carneiro, Ivan Wrigg, Lúcio Celso Pinheiro e Eduardo Ribeiro na Casa de Cultura de Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro.
Em 2006 foi uma das atrações do festival cultural "IV Semana Cultural de Santa Tereza". Neste mesmo ano começou temporada de shows e apresentações no Bar Santa Arte, em Santa Tereza, centro do Rio de Janeiro, onde ficou até o ano de 2008.
Nos anos de 2008 e 2009 fez temporada do show "Elos" no Casarão Cultural Terra Brasilis Hostel, em Santa Teresa.
Em 2009 transferiu-se para a cidade de São João Del Rey, em Minas Gerais, onde participou do projeto "Zona da Música", evento de revitalização do Corredor Cultural da Rua da Cachaça, na cidade de São João Del Rey. A partir desse mesmo ano passou a integrar, como violonista, a Orquestra Popular Livre (OPL) de São João Del Rey.
No ano de 2011, integrando, como violonista, a Orquestra Popular Livre, apresentou-se em palco montado na Avenida Tancredo Neves, em São João Del Rey, juntamente a Amanda Couto (voz), Mariza Mateiro (flauta), Rodrigo Godói (saxofone), Guilherme Neto (saxofone), Cleber Ribeiro (trombone), Carolina Neves (violino), Fernanda Souza (violino), Henrique Cirilo (violino), Helber Monteiro (violino), Rafael Ribeiro (violino), Guilherme Faria (bateria) e João de Oliveira (violão).
No ano de 2012, ao lado de Elza Maria, Edir Silva, Marko Andrade, Pecê Ribeiro, Namay Mendes, Sidney Mattos, Heloísa Helena, Renato Piau, Victor Biglione, Reppolho, Rubens Cardoso, Reizilan, Lúcio Sherman, Carlos Dafé, Anna Pessoa, Martha Loureiro e Cláudio Latini, participou do CD "Quintal Brasil - Poemas, letras & Convidados", do poeta e letrista Euclides Amaral, no qual interpretou a faixa "Mulequim", parceria de ambos.
Bibliografia Crítica
ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira - Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006. AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008. 2ª ed. Esteio Editora, 2010.AMARAL, Euclides. O Guitarrista Victor Biglione & a MPB. 2ª ed. Esteio Editora, 2011.AMARAL, Euclides. Poesia Resumida - Poemas & Letras (Antologia Poética). Rio de Janeiro: Edição Casa 10 Comunicação, 2013. REPPOLHO. Dicionário Ilustrado de Ritmos & Instrumentos de Percussão. Rio de Janeiro: GJS Editora, 2012. 2ª ed. Idem,
2013. Discografia
(2012) Quintal Brasil - Poemas, Letras & Convidados (Participação) • Selo Ipê Mundi Records/Noruega • CD
(2003) Conexão carioca 3 Bônus • Selo Peixe Vivo • CD
(2002) Conexão carioca 3 • Selo BigVal Produções • CD
POETAS CONVIDADOS
Silvio Ribeiro de Castro nasceu em meados do século XX, numa fazenda no interior do Estado do Rio de Janeiro. Aos sete anos, veio para a cidade grande. Começou a trabalhar aos quinze anos na Shell e, depois, no Banco do Brasil e no Banco Central. Formou-se em Direito pela Faculdade Cândido Mendes. Integra o “Poesia Simplesmente”, grupo que organiza desde 1999, o sarau semanal “Terça ConVerso no Café” e o “Festival Carioca de Poesia”, e que se apresenta em variados espaços – teatros, escolas, universidades, bares, lonas culturais – além de performáticas atuações em praças e ruas.
Embora goste de parodiar Groucho Marx dizendo que não entra em antologias que aceitem a sua participação, já figurou em diversas delas. Publicou três livros de poesias – “Memórias, Confissões & Outras mentiras” (Ibis Libris), “Quando o amor acaba” (Ibis Libris) e “50 Poemas Escolhidos pelo Autor” (Edições Galo Branco) – e escreve roteiros para as peças e esquetes apresentados pelo grupo “Poesia Simplesmente”.
VELEIRO
Os dias nunca mais serão iguais
para quem se faz vela, se faz
veleiro
e abandona a segurança do cais
pelo mar da paixão, tão traiçoeiro.
E perde o rumo, perde a razão.
Desafia ventos, tempestades.
Se desespera e se agarra à ilusão
de loucas promessas de felicidade.
Quando negras nuvens, maus
presságios,
avisam que amor é sempre engano
e se aproxima a hora do naufrágio,
melhor é desaparecer no oceano,
que, da solidão para sempre cativo,
morrer de amor e continuar vivo.
BRANCO SILÊNCIO, SOLIDÃO AZUL
Usei de sortilégios e amavios,
prometi pulseiras e colares,
uma viagem de sonho num navio,
o pôr do sol de outros lugares.
Acenei com o céu e as estrelas,
e por fim, num louco impulso,
de tanto medo de perdê-la,
ameacei até cortar os pulsos.
No branco silêncio do lençol,
mãos distraídas alisando o pano,
como um peixe que prefere ao anzol
a solidão azul dos oceanos,
bem longe ia seu pensamento,
folha desgarrada, seduzida pelo
vento.
E SE O BRASIL...
Guarda nos olhos tua floresta,
Curumim, que o homem
branco já vem ensinar o significado da palavra Fim.
E se o Brasil nunca tivesse
sido descoberto?
Se ainda andássemos livres
peito aberto
sorvendo o azul do céu
brisa da manhã
adorando o sol
e a cada noite vã
no calor da rede
a pele nua
adormecêssemos nos braços
da morena lua
ouvindo o vento
no arvoredo
sem sentir fome, sede
ou medo
Pau-brasil preso
a suas raízes...
Seríamos mais felizes?
ENSAIO
Você diz que vai embora
e fica
eu digo que não dá mais
e continuo
você faz as malas
e deixa na sala
digo que já tomei uma decisão
e fico em cima do muro
não sei se tudo isso
é pura encenação
ou se é um ensaio
para o futuro
DIA DE VISITA
Todos os domingos
ele faz a barba
e veste sua melhor roupa.
Compra um pacote de biscoitos
e prepara o suco
de laranja.
Sentado num banco
no jardim do asilo,
junto aos outros velhos,
espera a visita dos filhos.
Este domingo, mais uma vez,
eles não vieram.
Mas também, desculpa, fez
um dia tão bonito...
Wanda Monteiro, escritora e poeta é uma amazônida, nascida às margens do Rio Amazonas no coração da Amazônia, no Estado do Pará, no Brasil. A escritora herdou sua devoção pelas artes e pela literatura de seu pai, o romancista Benedicto Monteiro e como foi criada circundada pelos livros, desde menina, cultivou o hábito pela leitura e pelo exercício da escrita. Wanda Monteiro embora tenha militado por vários anos na advocacia como Membro da Ordem dos Advogados do Brasil, nunca se afastou de sua vocação, além de escrever, exerceu a atividade de revisora e de produtora editorial durante muitos anos. Aprofundou seus estudos cursando Linguagem e Pensamento – área de Filosofia – na Universidade Veiga de Almeida e fez especialização em Análise de Políticas Públicas na UFRJ. A poeta publicou seu primeiro livro Memória de Afeto com selo independente, mas, não chegou a lançá-lo, participou de vários projetos editoriais de pesquisa histórica realizados no Estado do Pará e publicou seus textos literários em revistas, blogs e sites. Nos últimos anos, a escritora tem se dedicado exclusivamente à arte literária, tendo publicado, pela Editora Amazônia, os livros O Beijo da Chuva e ANVERSO, lançados em no Estado do Pará – na região amazônica do Brasil na cidade de Belém. Wanda Monteiro, que realiza performances poéticas em vários grupos de poetas e espaços culturais em Niterói e Belém do Pará, é participante do Proyecto Sur Brasil com a publicação de vários poemas nos volumes IX, XI e XIII, lançados no Congresso Brasileiro de Poesia no Rio Grande do Sul. Atualmente dedica-se aos projetos literário de seu próximo livro de contos A Filha do Rio e de seu romance em fase de revisão.
Wanda Monteiro se apresenta assim:
“Sou Amazônida, vim da seiva quente de Benedicto Monteiro, um Poeta e Pescador de Sonhos, semente plantada no templo sagrado e fértil de Wanda, Mulher Guerreira, Mãe na mais pura definição. Cheguei no Outono, nascendo às margens do rio Amazonas. Nasci na hora do crepúsculo, contemplada pelo Sol.
Fui banhada e batizada em águas amazônicas. Aprendi a respirar água, a ouvir a voz do vento, a sentir o cheiro da chuva, a nadar na malha de mururés. Me encantei com a voz da mata. Fui seduzida pelo olhar da restinga. Me vesti de terra, bebi o rio, cresci e verdejei.
Sob o signo da Mãe Natureza, visto ambivalência!.Sigo, transitando na fronteira entre a impassividade da razão que me atordoa, que me distancia, que me confina, que me objeta, e a emoção que me testemunha, me aproxima, que me explica, que me intui e me confere o ideal de existir.
Quando Terra, sou viajante de caminhar frêmito e errante. Quando Água, sou navegante. Um navegar de espanto, decifrando labirintos liquefeitos de paisagens, de memórias, de fantasmas e alegorias. Quando Mãe, sou senhora de uma existência plural onde vivo a vida de Marcelo, André e Aline, meus filhos, meus pedaços de verdadeiro amor.
Hoje, com mais de meio século de vida, sigo, ora emersa, ora submersa, no olho d’água do Rio que contemplo e que levo, correndo sob meus pés
Escrever! Esta é minha sina. Costurar películas de vida vivida, sofrida e sonhada. Deixando um rastro de poesia como testemunho de Mim.”
(1)
Quando a noite chega
a calma se esvai pelas horas
as horas crescem no escuro
Vem!
a sofreguidão das pálpebras
que se fecham e se abrem
o cansaço dos músculos que se
recusam a repousar
o instinto aflorado de erguer e
soerguer a fé
na oração dita e redita como mantra
o abrir a janela e a cuíra
de olhar para o céu
em busca de respostas nas estrelas
A lua me espreita
assim como eu
Insone!
O desejo do sonho se contorce na
insônia
Como posso dormir se a noite sempre
me encharca de dúvidas?
(2)
Por vezes
Sinto-me como um olho d'agua..
Explodindo ávido por correr
E noutras
Sinto-me como um velho rio
Que corre sossegado...
Contemplando suas margens
(3)
Minhas mãos procuram
no escuro
uma palavra perdida
Minhas mãos movem-se
às cegas
nessa busca parida da dúvida bruta
Minhas mãos
Uma palavra
Uma busca
E o breu implacável do Verbo oculto
(4)
Desfez-se de
Mim
esse Eu
desfigurado
que passou a esmo da história
Nesse ponto cardeal
finco os pés que já nem são meus
Findo-Me aqui
Fronteiriça
Apátrida
No meridiano de Mim
(5)
No espelho
uma
janela
Dentro da janela
o tempo
Preso!
Como presa é a imagem que olha-me
e me desconcerta
Imagem que nesse ínfimo instante
já não me reco
Maria Helena Latini é professora e poeta. Publicou "Roteiros de Vida", Editora Achiamé, 1991; "Ângela e Antônio", Editora Blocos, 1992; "Fio de Prumo, Editora 7Letras, 2006 e "Ângela e Antônio", 2a. edição ampliada, 2011.
Maria Helena escreve poesia, prosa poética, roteiros e peças teatrais. Muitos de seus textos foram selecionados para espetáculos teatrais.
"Fio de Prumo", Editora 7Letras, orelha de Marco Lucchesi foi premiado. Alguns de seus poemas foram publicados em "Poesia Sempre" e no encarte "Poetas do Mundo", em idioma italiano, na revista Comunità Italiana.
"Ângela e Antônio", Editora Nitpress, orelha de Marco Lucchesi, prefácio de Gilson Herval. O livro foi premiado e ganhou roteiro para teatro, com o nome de "Dois monólogos entrelaçados". É uma história contada em prosa poética e poesia.
DISCIPLINA
Disciplina,
fio de prumo:
Duro percurso
de repetir
repetir
na paciência
de relojoeiro
com ajustes
suor
rigor
certeiro olhar
alvo e dardo
na busca constante
da precisão,
ponto exato.
SERINGUEIRA
O tempo era lento,
resina
no lento talhar de marcas
corte e seiva
faca dores
risos cheiro
no lento gotejar
de cada dia.
SUCATA PARA FAZER PIPA
As palavras trituradas em vidro
colei-as uma a uma
E do gume de estiletes
aprontei fina envergadura
de cruz e sustentação
para o meu papel de seda.
A PALAVRA
A palavra
é feita de
som e sopro.
Vestida de sentidos,
recolhe em si
o silêncio.
INSTANTE
Para longe de mim,
as sombras da intemperança.
Hoje,
mastigo
a essência do tempo
com avelãs.
Predestinado o momento
este:
pirilampo enquanto
acende.
LENTO
O tédio corrói
lentamente.
Invisível e insidioso,
instala-se
em mornidão,
vazio
e opacidade.
Silenciosa epidemia,
o tédio
é contagioso
feito um bocejo.
MARIZA SORRISO
Poeta, cantora, atriz e bacharel em Ciências Econômicas.
Nasceu em Petrópolis e reside no Rio de Janeiro desde
85.
Herdou de sua mãe, o gosto
pela música e foi com ela
que aprendeu a cantar.
Com apenas 4 anos subiu ao
palco para declamar, aos 7 para apresentar-se no teatro e aos 8 para cantar.
Aos 17 venceu a Gincana Jovem da Rádio Imperial de Petrópolis, com a poesia Teus Olhos.
Aos 17 venceu a Gincana Jovem da Rádio Imperial de Petrópolis, com a poesia Teus Olhos.
Venceu também o primeiro concurso de acrósticos do BANERJ
em 1994.
Aos 20 anos foi premiada Melhor Intérprete com sua composição Amor Saudade no VII FEMI – Festival
Estudantil de Música de Itaipava/RJ.
Na música foi apresentada a noite carioca pelo cantor e compositor Nelson Sargento, em 1987.
Na música foi apresentada a noite carioca pelo cantor e compositor Nelson Sargento, em 1987.
Em novembro de 2011 lançou o CD Rio de Todas as Cores,
contendo 2 composições próprias, em parceria.
Atualmente se apresenta em diversos saraus de música e
poesia no Rio de Janeiro, tendo sido
convidada especial e homenageada em vários deles e em
shows produzidos pela própria artista.
Em 16 de setembro de 2013 lançou em Lisboa/Pt e em outurbro do mesmo ano no Rio de Janeiro, o
seu livro “Das Raízes do Coração” .
Lançou em Lisboa a Coletânea A Essência dos Sentidos, ao
lado de poemas da Lingua Portuguesa, participando com 9 poemas.
Em março/14, a pedido da Editora Paula Oz, participou de outra Coletânea “O Grito do Silêncio” em Portugal, dessa vez, ao lado de 14 poetas com 15 poemas.
Participou também de mais duas Antologias: “Antologia de Ouro”/BH e “Versos de Verão”/RJ, ambas lançadas neste ano.
Contato:
Em março/14, a pedido da Editora Paula Oz, participou de outra Coletânea “O Grito do Silêncio” em Portugal, dessa vez, ao lado de 14 poetas com 15 poemas.
Participou também de mais duas Antologias: “Antologia de Ouro”/BH e “Versos de Verão”/RJ, ambas lançadas neste ano.
Contato:
Mariza Sorriso
Cantora, poetisa e atriz
(21) 99218-0852
A poesia é a arte de reunir palavras e com elas transmitir
em forma de versos o coração.
Porém o coração forma raízes que envolvem o nosso cotidiano no correr
Porém o coração forma raízes que envolvem o nosso cotidiano no correr
do dia a dia, a saber, amigos, os de verdade.
Uma saudade de quem está distante, ofertar o ombro amigo: a maioria das coisas que acontecem na vida, mesmo não sendo percebidas, fazem parte dessas raízes que ainda têm muito para serem conhecidas.
Você descobriu uma forma poética para falar que o coração tem raízes. Tem sim, Mariza, tem sim.
Nelson Sargento
Compositor
Uma saudade de quem está distante, ofertar o ombro amigo: a maioria das coisas que acontecem na vida, mesmo não sendo percebidas, fazem parte dessas raízes que ainda têm muito para serem conhecidas.
Você descobriu uma forma poética para falar que o coração tem raízes. Tem sim, Mariza, tem sim.
Nelson Sargento
Compositor
Nenhum comentário:
Postar um comentário